Já faz uns bons dias que não posto algo aqui por falta de tempo e um pouco de preguiça também. Mas pra falar a verdade nada de extraordinário aconteceu, mas vou fazer um resumo do que eu fiz nessas 2 semanas começando pelos eventos que eu tive a oportunidade de ir e prometo que nos próximos posts falarei sobre assuntos mais pontuais.
Aqui em Amman existe um evento chamado Soak Jara que é uma feira de produtos artesanais. Você encontra os mais diversos sourvenires, camisetas com estampas malandras, bandeiras do Brasil :P, etc. Acho que é o local que mais tem estrangeiros na cidade. No final da feira assisti uma presentaçâo dum grupo musical jordaniano chamado RUM que por sinal é excelente! Eles tocam com os mais diversos instrumentos e me lembrou muito o Afro Celt Sound System =D
Esses dias tive a minha festa de recepão que o pessoal da AIESEC costuma fazer para os novos trainees. Eles entregam a keffiyeh que um simbolo da jordania. Os palestinos também tem um, mas é preto ao invés de vermelho. Fazia muito tempo que eu estava pensando em conseguir um =D
Fui jantar com o meu colega de partamento na casa da namorada dele minha primeira janta com uma família jordaniana =D. Uma dica importante: os jordanianos prezam muito pela hospitalidade, então sempre aceite a oferta se te convidarem para jantar, caso contrário eles se sentirão ofendidos! Bueno, não tem quase nada de diferente (pelo menos essa familia) de uma familia brasileira, nenhuma das filhas usava aquele lenço em volta da cabeça, a casa era bem normal e o pai delas me explicou várias coisas sobre o alcorão, o que foi de longe a parte mais interessante.

Os primeiros dias

Posso dizer que esses primeiros dias foram bem tranquilo, acho que vou me adaptar totalmente a essa cultura rapidamente. Pra ser sincero, a vida aqui não é tão diferente como as pessoas pensam. No mercado vc encontra quase todos os produtos quem tem num mercado brasileiro, a maioria das pessoas aqui falam inglês e árabe (praticamente todos os jovens falam inglês fluentemente), as pessoas não ficam me encarando como se eu fosse diferente (na verdade eu sou meio parecido com o jordanianos…hahaha) e o mais importante: os jordanianos adoram estrangeiros, principalmente os brasileiros. Claro que a visão deles é sempre aquela do futebol + RJ + canaval + caipirinha, mas pelo menos estou sendo bem tratado. Na última semana passada fomos no centro da cidade com o pessoal da AIESEC jantar num restaurante que não me lembro o nome (não é uma informação tão importante agora).

O local fica num calçadão gigantesco e ao fundo tem uma tela digital enorme passando propagandas, etc. Infelizmente o restaurante não tinha comida arabe, mas tive a oportunidade de experimentar o famoso nerguile. Aqui no oriente médio é bem comum fumarem narguile durante as refeições, só achei mais forte do que os que eu experimentei na minha cidade. Notei que a grande maioria das mulheres (acho que uns 80%) aqui cobrem quase todo o corpo, as que não cobrem geralmente são estrangeiras ou jordanianas mais “modernas”. Na quarta-feira fui conhecer a empresa onde vou trabalhar. Na Akhtaboot (polvo em arabe) vou trabalhar com desenvolvimento web (ruby on rails) por 9 meses. O mais interessante é que eles não adotam um expediente fixo, ou seja, vc chega e sai a hora que quiser, desde que faça o seu trabalho é claro. O pessoal do time de desenvolvimento são muito gente boa e bem nerds hahaha. Mas o mais legal é a vista que se tem do 10 andar, vc segue ver toda a cidade quase. É muito bonito! Aqui o final de semana é sexta e sabado, então na quinta de noite fomos com uns jordanianos ao Mar Morto que é o local mais baixo da terra.Do ponto onde estavamos era possivel ver as luzes das cidades da Palestina. Ali escutando música tipica jordaniana, fumando narguile e tomando vodka com suco de morango hahahha. Posso dizer foi um momento que eu nao vou esquecer jamais. Nesse dia fiquei sabendo que não se fuma narguile como se fuma cigarro, ou seja, vc nao traga a fumaça….agora sei por que eu fiquei meio tonto no restaurante hahahah. Uma coisa que achei impressionante aqui é o custo de lugacao pra celular, mensagens de texto e a validade dos créditos . Só pra ter uma ideia: eu coloquei 5 JD em creditos que vão vencer em 2015!! DOIS MIL E QUINZE Dá pra acreditar? Se colocar isso no Brasil não dura nem 1 mês!! E outra coisa, eu fiz uma ligação internacional celular pra celular, falei em torno de 2min, sabe quanto eu gastei?? 30 centavos!!! Isso é praticamente o valor dum torpedo no Brasil!

As-Salamu Alaykum

Finalmente cheguei em Amman! FEITO! Após uma jornada de mais de 40h cheguei destruido, mas vivo =D

O aeroporto é bem pequeno (pra quem vem de Frankfurt qualquer um vai parecer pequeno) Assim que cheguei troquei uns dólares por dinares jordanianos (valem mais que dólar) e fui pegar o meu visto. O visto pra entrar na Jordania é bem tranquilo, só precisa apresentar o passaporte e pagar 10 JD (+- 25 reais) e ele vale por 1 mês, depois tem que renovar. No meu caso vou pedir residência (ou algo assim) daí nao preciso renovar toda hora.

Eu tava todo cagado com relação as minhas malas, pois as vezes a empresa responsavel pelo transporte perde ou estravia, daí é só dor de cabeça. Felizmente elas estavam lá e inteiras! Aproveitei pra comprar duas garrafas de vodka numa duty free onde é mais barato e não precisa pagar os 16% de imposto.

Peguei um taxi na frente do aeroporto (paguei 19 JD) e fui encontrar o meu colega de apartamento João em frente ao Hospital Universitario. No caminho pude ter uma ideia de como é a cidade de Amman. Todas as casas são brancas, feitas dum tipo de pedra . Eu esperava uma cidade meio suja, mas as ruas não são tão sujas e a arquitetura dos predios é bem interessante.

Rumo ao Oriente

Bom, posso dizer que a decisão de ir pro outro lado do mundo não foi nada facil. Deixar familia, amigos, namorada (Oi Ane!), meu computador e as sextas-feiras no DCE é algo que no minimo te deixa apavorado. Mas eu realmente estava precisando fazer algo desafiador, fugir da zona de conforto, conhecer uma cultura diferente, etc.

Minha jornada começa no aeroporto de Porto Alegre com um voo de 1h e pouco pra Guarulhos, depois um pulo em Frankfurt (mofar 11h esperando o proximo avião) e finalmente Amman, Jordânia.

Alguns comentários sobre o areoporto de Frankfurt: Ele é estupidamente gigantesco, dizem que é o maior do mundo e deve ser verdade. Como eu tinha que ficar lá esperando 11h pro próximo voo resolvi dar uma explorada no local. Tomei banho por 6 euros, meio caro, mas eu precisava muito, e comi umas linguiças com cerveja (bem amarga por sinal) e pão e dumi 3h num terminal qualquer do aeroporto.

Olá Mundo!

Olá Mundo! Esse É meu primeiro post desde que eu cheguei aqui na jordânia, mais precisamente na capital Amman, então vou fazer alguns posts contando como foram esses primeiros 5 dias aqui no oriente médio =D e tentar manter uma certa frequência de posts. Só espero que eu tenha tempo :P Maaaaas antes preciso me apresentar neh? Me chamo Breno (ou Abu-Rami, meu apelido em arabe, explico melhor depois), estudo (tento) Ciência da computação na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Alguns devem se perguntar: PQP como tu foi parar no oriente médio?! Bueno, já fazia uns 3 anos que eu estava obcecado em fazer um intercâmbio. Primeiro eu procurei aquelas agências de intercâmbio que oferecem pacotes para estudar inglês em paises como Irlanda, o problema é que custam um figado e meio e você não tem garantia nenhuma que vai conseguir um trabalho lah pra se manter. Meio frustrado eis que recebo um email da AISESEC oferecendo oportunidades de intercembio em diversos paises para trabalhar na area de TI. Pensei: Eh isso! Fiz a seleção, fui aprovado, procurei vaga e fechei com a Jordânia por 9 meses. Durante esse tempo (+- 6 meses) me atraquei a estudar ingles na Bright (recomendo) e tive varias aulas de Speak Up com a minha grande amiga Andi, a trainee da Hungria.